Fanzines em outras perspectivas de criação: japonesa e brasileira

Vamos à explicação padrão: Fan (Fã / Fanático) + Zine (Magazine = Revista). Ou seja, a Revista do Fã.

Um fanzine (também chamado de doujinshi) é toda a publicação de fãs, inspirados em alguma obra famosa. Saint Seiya, por exemplo, motivou e inspirou muitos fãs japoneses a publicarem fanzines, inclusive o grupo Clamp (antes de ser consagrado, era um grupo de fanzineiras) publicaram “Yoiko no Saint Daihyakka”, fanzine com os Cavaleiros de Atena, em 1987. A popular Shiori Teshirogi, desenhista de Saint Seiya – The Lost Canvas, participou do fanzine “Harry Potter e o Jardim dos Segredos”, desenhando uma das três one-shot (histórias curtas de 15 a 60 páginas).

No Japão, fanzineiros são considerados aspirantes a mangakás, os desenhistas profissionais que publicam histórias em mangá nas revistas semanais como Weekly Shonen Jump e Nakayoshi. Há eventos como o Comiket (Comic Market), a maior feira de fanzines do mundo, que ultrapassa a faixa de meio milhão de pessoas. Ocorre duas vezes por ano em Tóquio.

Os fanzines são considerados muito raros, visto que, raramente são reimpressos e alguns podem ser encontrados na internet a preços muito maiores do que o valor original.

No Brasil é considerado fanzine qualquer publicação independente, seja sobre estilos de música, compilação de ilustrações, informativos, história em quadrinhos autorais ou inspiradas em obras famosas.

Os fanzineiros são artistas independentes que produzem seus fanzines nos mais diversos tipos de impressão e acabamento. Alguns chegam a ser até artesanais, com recortes e colagens. Tudo irá depender da proposta apresentada pelo artista e sua criatividade.

Referência

https://fanzineexpo.wordpress.com/o-que-e-fanzine/

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